Chegamos a última parte desse documentário, agora focado na trilha sonora da trama. Se você perdeu a primeira parte, não se preocupe, clique aqui para conferir e se atualizar. E se ainda não leu à segunda parte, clique aqui para acompanhar algumas curiosidades envolvendo essa trama.
O que falar da Abertura?
Destaque para a belíssima abertura de Hans Donner e sua equipe: a sobreposição de imagens de mulheres sensuais sobre um globo na famosa sequência do filme O Grande Ditador, de Charles Chaplin (1940), no qual Chaplin protagonizava Adenoide Hynkel, uma paródia ácida e crítica do ditador alemão, tudo isso ao som da canção "Querida", de Tom Jobim.
A cena de Hynkel brincando com o globo terrestre era perfeita para mostrar o caráter de Felipe Barreto – mulherengo e louco pelo poder. Usar a cena original era a vontade de Hans Donner e colocar imagens de mulheres dentro do globo foi uma ideia do Boni.
Os direitos sobre o filme demoraram para sair. Hans Donner chegou inclusive a gravar uma abertura alternativa em que o modelo fazia as mesmas ações de Chaplin no filme, no Palácio do Catete. Porém, ao final, a versão original foi liberada com os direitos sobre as imagens cedidos diretamente a Hans Donner.
“Para usar o filme, descobri quem era o chefão da distribuidora. Por sorte, ele viu uma exposição minha em Londres e gostava do meu trabalho”, revelou Hans a Flávio Ricco e José Armando Vannucci para o livro Biografia da Televisão Brasileira.
De acordo com a imprensa da época, a Globo teria pago 400 mil dólares para exibir as cenas, mas um diretor da emissora declarou que a vinheta completa custou 100 mil dólares, sendo 50 mil dólares para liberar as imagens.
“Muita gente poderá nos criticar por causa do dinheiro gasto. Mas esta abertura, somadas todas as exibições, vai ficar dez horas no ar. E ela é o cartão de visitas da novela, uma amostra indiscutível do padrão Globo de qualidade”. (Jornal O Globo em 1991)
A edição final da abertura da novela O Dono do Mundo foi um processo minucioso e demorado, levando três dias inteiros de trabalho intensivo. Somente às 20h10 do dia 20 de maio de 1991, data da estreia da novela, é que a sequência de abertura ficou finalmente pronta. O esforço de última hora reflete a dedicação e a pressão envolvidas na produção de uma obra televisiva desse porte.
O folhetim foi vendido para outros países, porém a abertura original não foi incluída. Nesse caso, foi disponibilizada uma terceira abertura, onde era possível ver o globo com as mulheres passeando pelo espaço junto com o nome do elenco, sem a participação de Chaplin ou referência ao filme, já que os direitos valiam apenas para o Brasil e liberá-los para outras localidades ficaria ainda mais caro, algo que não iria compensar financeiramente para a emissora.
NACIONAL
Lado A
01. Querida – Tom Jobim
02. Eu Sei (Na Mira) – Marisa Monte
03. Codinome Beija-Flor – Luiz Melodia
04. Una Mujer – João Gilberto
05. Cidade Maravilhosa – Caetano Veloso
06. Super-Herói – Roberto Carlos
07. Dono do Mundo – Nova Era
08. Amor Quente – Leda Badaró
Lado B
01. Solidão – Gal Costa
02. Sábios Costumam Mentir – João Bosco
03. Acontecimentos – Marina Lima
04. Logrador – Orlando Morais
05. Serena – Nova Era
06. Coração de Gelo – Edmon
07. Rap da Rapa (Enquanto Isso, Em Algum Lugar…) – Ademir Lemos
Sempre que estamos diante de uma obra escrita por Gilberto Braga, podemos esperar alguns clássicos da nossa música popular brasileira inseridas nela. Que tal conhecer um pouco mais sobre essa seleção feita por Mariozinho Rocha, que com certeza recebeu algumas indicações do autor, que sempre se envolve nas trilhas de suas tramas?
Assim que a agulha toca o vinil, a primeira canção que ouvimos é “Querida”, faixa essa feita especialmente para a trama. Após o sucesso da composição inserida na trama de Gilberto Braga, Tom Jobim decidiu incluir a canção em seu último álbum, Antônio Brasileiro, lançado em 1994.
Em entrevista concedida para a revista Ideias em 2017, o cantor Danilo Caymmi, que na época estava fazendo uma homenagem para o amigo com o lançamento do seu disco intitulado como Danilo Caymmi canta Tom Jobim, revelou:
“‘Querida’, por exemplo, eu vi o Tom compor, ele estava doente, um ano antes já sabia que tinha câncer e não terminava a letra nunca. Era para a abertura de uma novela e, com a corda no pescoço por conta do prazo, eu e minha mulher cantamos uns trechos no telefone para o Boni ouvir. E a letra fala de finitude, e ele não terminava”, relembrou o cantor.
Dando continuidade à seleção musical, somos agraciados com a canção “Eu Sei (Na Mira)”, de Marisa Monte. Essa música foi tema de Yara, personagem interpretada por Daniela Perez, que se destacava no núcleo jovem. O hit é uma composição da própria cantora e foi retirada do segundo álbum de estúdio intitulado Mais, gravado entre setembro e novembro de 1990. O disco foi muito bem aceito pela crítica, como podemos conferir em uma resenha publicada no jornal O Estadão de São Paulo, na época do seu lançamento.
“Menos dramática, com a voz ainda mais afinada e cristalina, o que parecia impossível, Marisa chega a comover. E, definitivamente, ingressa no panteão dos titãs, em todos os sentidos.”
“Codinome Beija-Flor” é um grande clássico do primeiro disco solo de Cazuza, lançado em 1985. Na trilha sonora, temos o prazer de ouvir a versão feita por Luiz Melodia, tornando-se uma das mais lembradas na trama de Gilberto Braga.
“A canção foi escrita em 1985, quando Cazuza ainda fazia parte do grupo Barão Vermelho e estava de cama, internado em um hospital do Rio de Janeiro. As festas eram diárias na suíte de São Lucas. Amigos entrando e saindo. Zeca sempre ali, inclusive quando os beija-flores que voavam pelos jardins do hospital inspiraram meu filho a criar uma de suas mais delicadas e belas canções: Codinome Beija-Flor. Colocamos água com açúcar nos recipientes próprios para que os passarinhos exibissem seu bailado encantador na janela. Zeca e Cazuza fizeram juntos a letra e deram para Ronaldo Arias musicar Codinome Beija-Flor”, contou Lucinha Araújo para o livro Cazuza: Só As Mães São Felizes.
Aproveitando que estamos falando de Cazuza, temos outra canção inserida na trama chamada “Amor Quente”, que nasceu de um poema até então inédito de Cazuza e foi musicado por Renato Ladeira, a pedido de Gilberto Braga. A composição ganhou a voz da cantora baiana Lela Badaró, indicação de Dennis Carvalho, e serviu como tema do personagem Umberto (Marcelo Serrado).
“Cidade Maravilhosa” foi composta em 1934 por André Filho, como uma marcha em homenagem ao Rio de Janeiro.
“No início da década de 1930, o Rio estava sendo embelezado com a estátua do Cristo Redentor e a modernização de vários trechos da cidade, criando melhores condições para encantar os turistas. Foi nesta ocasião que, motivado por uma promoção chamada Festa da Mocidade, em que se elegia a Rainha da Primavera, André Filho compôs ‘Cidade Maravilhosa’. O título reproduzia uma expressão consagrada pelo escritor Coelho Neto”, como contam Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello no primeiro volume do livro A Canção no Tempo.
O autor escolheu sua amiga Aurora Miranda – irmã de Carmem Miranda –, então com 19 anos e já uma estrela do rádio e do disco, para gravá-la. 26 anos depois, tornou-se a “marcha oficial da Cidade do Rio de Janeiro”, através da Lei nº 5, de 5 de maio de 1960, proposta pelo vereador Salles Neto e promulgada pelo governador Carlos Lacerda. Essa lei transformou a canção de André Filho no hino do Rio de Janeiro, na época, Estado da Guanabara. Como você pode ver, essa canção tem uma história extensa que tentei resumir ao máximo aqui, mas há muitas outras coisas envolvendo essa marcha-hino, que foi regravada por ninguém menos que Caetano Veloso, que fez uma excelente releitura dessa música.
Ainda no lado A, temos uma das canções mais bonitas de toda a seleção, composta por Roberto Carlos e Erasmo Carlos, lançada em seu 30º álbum de estúdio, em 1990. Foi desse disco que foi retirada a canção “Super-Herói”, que serviu de tema para o personagem Rodolfo, interpretado por Kadu Moliterno. Aqui temos uma curiosidade, pois essa canção foi a primeira música autorizada por Roberto Carlos para uma trilha de novela.
O lado B já começa com a canção “Solidão”, composta por Alcides Fernandes com Tom Jobim em 1954. A história dessa parceria é bem curiosa, pois Alcides era marido de Silvia, uma diarista que prestava serviços para Tom. Por várias vezes, o maestro subia ao morro onde Alcides morava e lá ficava por horas conversando e compondo com o amigo. Em 1991, a canção ganhou uma nova interpretação feita por Gal Costa, especialmente para a protagonista Márcia.
Em 1991, a cantora e compositora Marina Lima lançou seu 10º álbum de estúdio, o primeiro que víamos com seu nome por inteiro. A canção selecionada do disco foi “Acontecimentos”, que marcou mais uma vez a parceria com seu irmão Antônio Cícero.
“Tornei-me letrista quando minha irmã, Marina, que é dez anos mais jovem do que eu, pôs música num poema que eu havia escrito. Depois disso, invertemos o processo: eu passei a escrever letras para as músicas que ela compunha”, revelou o compositor ao site Carta Capital em fevereiro de 2020.
Como recentemente observado, esta trilha sonora apresentou uma seleção excepcional de músicas, contribuindo para a segunda capa estrelada por Glória Pires. Inicialmente, Malu Mader foi escolhida como modelo para a capa, mas devido à rejeição de sua personagem, foi necessária a substituição pela personagem interpretada por Glória Pires. No total, a trilha nacional alcançou a impressionante marca de 140 mil cópias vendidas.
INTERNACIONAL
Lado A
01. Unforgettable – Natalie Cole & Nat King Cole
02. I’ve Been Thinking About You – London Beat
03. I Love You – Vanilla Ice
04. Sadness – Enigma
05. Unconditional Love – Suzana Hoffs
06. Pretty Baby (Sweet Lady) – Jeff Rubin
07. Morning Dew – Byron Prescott
01. Cry For Help – Rick Astley
02. Gonna Make You Sweat (Everybody Dance Now)- C&C Music Factory
03. You Are Everything – Rod Stewart
04. Only Time Will Tell – Nelson
05. What’s A Woman – Vaya Con Dios
06. The Day That Love Died – Revoc
07. Spring Love – The Cover Girls
Entrando agora na trilha internacional, que alcançou a impressionante marca de 457 mil cópias vendidas, superando consideravelmente a trilha nacional, o que era bastante comum naquela época. A seleção do repertório ficou a cargo de Sérgio Motta, e para estampar a capa, foi escolhido Ângelo Antônio. Ele foi fotografado por José Antônia em uma pose que remetia às primeiras cenas do personagem praticando surf ferroviário.
A trilha já começa com "Unforgettable", uma célebre canção popular escrita pelo talentoso compositor Irving Gordon. Originalmente, a música tinha o título provisório de "Uncomparable". No entanto, a editora musical de Gordon sugeriu que ele alterasse o nome para "Unforgettable", acreditando que esse título seria mais cativante e memorável para o público. Atendendo ao pedido da editora, Gordon fez a mudança, e a canção foi oficialmente publicada em 1951. Desde então, "Unforgettable" se tornou um clássico, reverenciado por sua melodia elegante e suas letras tocantes.
Em 1991, a canção "Unforgettable" ganhou uma nova vida quando Joe Guercio, diretor musical de Elvis Presley, teve uma ideia inovadora. Ele propôs editar e retrabalhar a gravação original de 1951 de Nat King Cole para transformá-la em um “dueto virtual” com sua filha, Natalie Cole. Esse projeto envolveu uma cuidadosa mixagem e produção para combinar a voz de Natalie com a gravação de seu pai, criando uma versão que manteve a essência do original enquanto adicionava um toque moderno e emocional.
O resultado foi um dueto que não só homenageou Nat King Cole, mas também destacou o talento de Natalie Cole, tornando-se um grande sucesso, dominando as rádios e ganhando os prêmios de Canção e Gravação do Ano no Grammy Awards de 1992. Essa é a versão que temos na trilha da novela.
"Através da magia da tecnologia digital, pai e filha fazem um dueto nesta música atemporal que cresce com orquestração exuberante e harmonias comoventes", noticiou a Billboard de 8 de junho de 1991.
Na sequência, temos "I've Been Thinking About You", uma canção da banda britânica Londonbeat, lançada em 1990 como o primeiro single de seu segundo álbum, In the Blood. A música se tornou um grande sucesso internacional, atingindo o topo das paradas em vários países, incluindo os Estados Unidos, onde alcançou o primeiro lugar na Billboard Hot 100.
A canção foi escrita pelos membros da banda Jimmy Chambers, George Chandler, Jimmy Helms e William Henshall (mais conhecido como Willy M). Londonbeat foi formada em 1988, e sua música é conhecida por combinar elementos de dance-pop, soul e R&B, o que ajudou a criar um som distintivo que ressoou com o público global. Musicalmente, a canção se destaca por seu ritmo dançante e contagiante, uma linha de baixo marcante e um refrão cativante. A produção utiliza sintetizadores e uma batida animada que a torna ideal para as pistas de dança, algo que contribuiu significativamente para seu sucesso comercial.
Em 2019, a revista americana Billboard elaborou uma lista das "Melhores Músicas da Billboard dos Anos 90", destacando as faixas mais emblemáticas da década. Nessa prestigiosa classificação, a canção "I've Been Thinking About You" da banda britânica Londonbeat conquistou a 158ª posição. Esta seleção sublinha a duradoura popularidade e o impacto cultural da música, que se destacou entre milhares de outras canções lançadas durante os anos 90. A inclusão na lista da Billboard é um reconhecimento significativo, refletindo a importância de "I've Been Thinking About You" na paisagem musical daquela era e seu legado contínuo.
"I Love You" é uma canção do rapper Vanilla Ice, lançada em 1991 como parte de seu segundo álbum de estúdio, Mind Blowin. A música apresenta um lado mais suave e romântico do artista, em contraste com seu estilo de rap mais agressivo e popularmente associado a faixas como "Ice Ice Baby".
A canção apresenta uma melodia suave e uma batida mais lenta, em contraste com os ritmos mais frenéticos de outras músicas de Vanilla Ice. Isso reflete a intenção do rapper de explorar diferentes estilos e mostrar sua versatilidade como artista. Com isso, fez com que a canção alcançasse a posição 52ª na Billboard Hot 100 em 1991.
"Sadness" é uma das músicas mais icônicas do projeto musical Enigma, criado pelo produtor e compositor Michael Cretu. Lançada em 1990 como single do álbum de estreia do Enigma, intitulado MCMXC a.D., a música cativou o público com sua atmosfera hipnótica e misteriosa. A história por trás de "Sadness" está intimamente ligada ao conceito geral do Enigma, que combina elementos de música eletrônica, sons étnicos e vocais misteriosos para criar uma experiência auditiva única. A faixa inclui uma amostra vocal do monge beneditino francês Gregoriano Pierre Kaelin, que canta um trecho em latim retirado de um canto gregoriano tradicional chamado "Procedamus in pace".
A escolha de incorporar esse canto gregoriano à música foi uma decisão deliberada de Cretu para criar uma atmosfera espiritual e misteriosa. A combinação dos vocais etéreos com os ritmos pulsantes e os arranjos eletrônicos característicos do Enigma resultou em uma faixa que evoca uma sensação de transcendência e contemplação. Por mais que ela esteja presente em O Dono do Mundo, essa mesma canção aparece nos primeiros capítulos de Vamp, onde Natasha (Claudia Ohana) se apresenta em Veneza.
A canção "Unconditional Love" é uma faixa da cantora e compositora Suzanna Hoffs, conhecida por ser a vocalista da banda The Bangles. Lançada em 1991 como parte de seu álbum solo de estreia, When You're a Boy, a música aborda temas de amor incondicional e comprometimento emocional. A história por trás de "Unconditional Love" está ligada à carreira solo de Hoffs, que buscou explorar sua expressão artística para além do som característico dos Bangles. A música foi escrita em colaboração com o renomado compositor Desmond Child e o produtor David Kahne.
Embora "Unconditional Love" não tenha alcançado o mesmo sucesso comercial que algumas das músicas dos Bangles, ela ainda é apreciada por fãs e admiradores de Hoffs como uma demonstração de seu talento como compositora e intérprete.
Explorando o lado B desta excepcional seleção musical, iniciamos com "Cry for Help", uma canção do renomado cantor britânico Rick Astley, lançada em 1991 como parte de seu terceiro álbum de estúdio, Free. A composição foi resultado da colaboração entre Astley e Rob Fisher, um ex-integrante da banda Naked Eyes.
A origem de "Cry for Help" está intimamente relacionada às experiências pessoais de Rick Astley durante o período em que a escreveu. A letra da música aborda temas como vulnerabilidade emocional e a busca por apoio em momentos difíceis. Astley expressa a sua necessidade de encontrar alguém para ouvir seu "clamor por ajuda" e oferecer conforto nos momentos de aflição.
"Gonna Make You Sweat (Everybody Dance Now)" é uma faixa do grupo de música dance C+C Music Factory, lançada em 1990 como o principal single de seu álbum de estreia, Gonna Make You Sweat. Esta canção rapidamente se tornou um sucesso avassalador, estabelecendo-se como um hino da música dance dos anos 90. Sua energia vibrante e seu apelo universal garantiram seu lugar como uma das músicas mais icônicas e perduráveis da história do pop.
A narrativa por trás de "Gonna Make You Sweat" revela que Robert Clivillés compôs e produziu inicialmente uma música instrumental, que posteriormente se transformou nesta faixa. A princípio, ele ofereceu a música ao grupo vocal Trilogy, porém, diante da recusa deles em gravá-la, Clivillés decidiu incorporá-la ao seu próprio projeto, o C+C Music Factory, em colaboração com David Cole. Os vocais de rap foram entregues a Freedom Williams, enquanto os vocais femininos foram interpretados por Martha Wash.
"You Are Everything" é uma gravação do cantor britânico Rod Stewart, que demonstra seu talento para interpretar diversos estilos musicais e sua capacidade de trazer uma nova vida a músicas já consagradas. Esta faixa é um exemplo da atemporalidade e da capacidade universal da música, que continua a emocionar e encantar os ouvintes mesmo décadas após seu lançamento original.
A música é uma reinterpretação de um clássico da música soul originalmente gravado pela dupla The Stylistics em 1971. Seu sucesso levou a música a alcançar a posição 9º na parada Billboard Hot 100 dos EUA.
"Only Time Will Tell" é uma faixa da banda de rock americana Nelson, lançada em 1990 como parte de seu álbum de estreia, After the Rain, e escrita pelos irmãos gêmeos Matthew e Gunnar Nelson, pilares da banda. A música reflete a jornada dos irmãos na indústria musical, influenciados desde jovens pelo legado de seu pai, o músico de rock Ricky Nelson.
A letra de "Only Time Will Tell" aborda a incerteza e a esperança em relação ao futuro de um relacionamento. Os versos expressam a hesitação e a ansiedade em se comprometer totalmente, enquanto o refrão destaca a crença de que somente o tempo revelará o verdadeiro destino do amor.
"What's a Woman" é uma música da banda belga Vaya Con Dios, lançada em 1990 como parte de seu segundo álbum de estúdio, Night Owls. A faixa tornou-se um dos maiores sucessos da banda e um clássico da música pop europeia. A história por trás de "What's a Woman" está enraizada na experiência pessoal da vocalista e líder da banda, Dani Klein, e na abordagem única do Vaya Con Dios à música pop. A canção foi escrita por Klein e por Dirk Schoufs, co-fundador da banda, e reflete a melancolia e o romantismo característicos de muitas das músicas do Vaya Con Dios. Dani Klein canta com uma intensidade emotiva, transmitindo a vulnerabilidade e a força da personagem central da música.
"What's a Woman" foi um grande sucesso comercial na Europa, alcançando os primeiros lugares nas paradas de diversos países. O impacto duradouro da música solidificou a posição do Vaya Con Dios como uma das bandas mais influentes da cena musical europeia dos anos 90, e "What's a Woman" continua a ser uma das faixas mais memoráveis e apreciadas do grupo.
Para fechar a seleção, temos "Spring Love", do grupo musical feminino The Cover Girls, lançada em 1987 como parte de seu álbum de estreia homônimo. A música foi um grande sucesso nos Estados Unidos, especialmente nas pistas de dança da cena de música dance e freestyle. Isso fez com que ela entrasse na lista da Billboard Hot 100, na posição 92ª.
A história por trás de "Spring Love" está ligada à ascensão do freestyle, um gênero musical popular na década de 1980, conhecido por suas batidas eletrônicas, sintetizadores e letras românticas. A canção foi escrita por Andy "Panda" Tripoli e apresenta vocais marcantes de Caroline Jackson e Louise Sabater, as integrantes do The Cover Girls na época.
Ficha técnica:
Autoria: Gilberto Braga | Colaboração: Leonor Bassères, Ângela Carneiro, Sérgio Marques e Ricardo Linhares | Direção: Dennis Carvalho, Ricardo Waddington, Ivan Zettel e Mauro Mendonça Filho | Direção-geral: Dennis Carvalho | Período de exibição: 20/05/1991 – 03/01/1992 | Horário: 20h30 | Nº de Capítulos: 198
Fontes de pesquisas: Revista Veja; Revista Amiga; Revista Contigo; Revista Cartaz; Jornal Folha de São Paulo; Livro Almanaque da TV; Livro Teletema: A História da Música Popular Através da Teledramaturgia Brasileira - Vol. 1 1964 a 1989; Livro Vida do Viajante: A Saga de Luiz Gonzaga; Memória da Telenovela Brasileira; Site Uol; Site Teledramaturgia; Site Memória Globo; Blog Revista Amiga e Novelas.